Aos suicídios psicológicos
Despem-se as carpetes de boas vindas
Dá-se as boas vindas ao estilhaço da vida
Aos suicídios psicológicos que encontram poisos
Dá-se um empurrão ao vazio das vontades
Aos suicidas psicológicos
Bebe-se um copo e escutam-se as suas palavras
Ao tempo que chamam tempo
O tempo de um agora
O tempo de um momento
Ao tempo dos tempos que passa despido
Vestem-se os suicídios psicológicos
Lambem-se as ilusões
Cospem-se as boas vindas
Não esqueças
Não esqueças
Não esqueças o esquecer
Não esqueças
O medo de não ter medo
O sonho de não ter sonho
O sangue de não ser sangue
Escreve a faca na parede
Não esqueças
Não esqueças
O circo dos suicídios psicológicos
Escreve a faca na parede
O outro que queres ser
Escreve a faca na parede
Deixei de escrever
Escreve a faca na parede
Esqueceste-te que a faca não é faca
Não esqueças
Não esqueças
As histórias que não são histórias
As lágrimas que não são lágrimas
Escreve a faca na parede
Garfo gasto, garfo gasto
Escreve a faca na parede
Não sentes assim? Não sentes assim?
Não esqueças
Que eles, os suicídios psicológicos
Dormem meninos
Falam adultos
Sussurram velhos
Tomam rumos nos vagares do tempo
O tempo que anda despido
EscUTo…
Monday, 9 June 2008
Monday, 2 June 2008
eStremeço
Sou o sangue enjaulado no sangue
Sou o vento que estremece o ventre do mar
Sou a carne que arranco da terra
Sou a manhã sem sono perfumado
Quem quiser sentir uma pedrada, atire-a primeiro.
Quem quiser muitos quereres, atire-se a eles.
Não cantam os sonhos mandados
Não falam as bocas cozidas
Não tocam as marés escondidas
Sou o espanto que voa descalço
Sou a gente sem folhas
Sou a nave mendiga
Dispam-se as vontades!
Dispam-se os encontros!
Dispam-se as mentiras!
Dispam a noite do dia!
Dispam o dia da noite!
Sou palavras cantadas da rua
Sou a mão que me habita
Sou batimentos de fígado
Sou um soletrar do lodo
eStremeço
Sou o vento que estremece o ventre do mar
Sou a carne que arranco da terra
Sou a manhã sem sono perfumado
Quem quiser sentir uma pedrada, atire-a primeiro.
Quem quiser muitos quereres, atire-se a eles.
Não cantam os sonhos mandados
Não falam as bocas cozidas
Não tocam as marés escondidas
Sou o espanto que voa descalço
Sou a gente sem folhas
Sou a nave mendiga
Dispam-se as vontades!
Dispam-se os encontros!
Dispam-se as mentiras!
Dispam a noite do dia!
Dispam o dia da noite!
Sou palavras cantadas da rua
Sou a mão que me habita
Sou batimentos de fígado
Sou um soletrar do lodo
eStremeço
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