Sou o sangue enjaulado no sangue
Sou o vento que estremece o ventre do mar
Sou a carne que arranco da terra
Sou a manhã sem sono perfumado
Quem quiser sentir uma pedrada, atire-a primeiro.
Quem quiser muitos quereres, atire-se a eles.
Não cantam os sonhos mandados
Não falam as bocas cozidas
Não tocam as marés escondidas
Sou o espanto que voa descalço
Sou a gente sem folhas
Sou a nave mendiga
Dispam-se as vontades!
Dispam-se os encontros!
Dispam-se as mentiras!
Dispam a noite do dia!
Dispam o dia da noite!
Sou palavras cantadas da rua
Sou a mão que me habita
Sou batimentos de fígado
Sou um soletrar do lodo
eStremeço
Monday, 2 June 2008
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